Qualquer
nação politicamente organizada tem a seu dia Nacional! Ocasião em que a
população e os governantes comemoram a sua data magna, se tomarmos como exemplo
alguns países: veremos que os Estados Unidos da América comemoram em 4 de julho
o dia de sua independência da Inglaterra, a França 14 de julho o dia da queda
da Bastilha, no Brasil poderíamos comemorar várias datas, descobrimento do Brasil,
proclamação da Republica, ou a nossa independência de Portugal. E os Judeus?
A festa do Pessach, que relembra a libertação dos seus antepassados da escravidão
do Egito, Ex. 13.8, Sl 81.6 ou o dia da sua independência no ano de 1948, a
declaração da criação de um Estado para os Judeus na Palestina, que foi feita
pelo Lorde Arthur James Balfour Ministro do Exterior da Inglaterra, no ano de
1917 nos seguintes termos:
Caro
Lorde Rothschild, - Milionário Judeu membro da nobreza da Inglaterra.
Tenho grande prazer de
comunicar-lhe, em nome do Governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de
simpatia para com as aspirações judaicas
sionistas palavra criada por Dr. Nathan Birnbaum em 1890 - (o nome sionista
que aparece nesta carta enviada pelo Lorde BALFOUR, É atribuído ao movimento
chamado de Hovevei Tsion “Amantes de Sião” este movimento foi expandido por
Theodor Herzl nascido em Budapest, quem escreveu um livro chamado O Estado
Judeu” foi submetida e aprovada pelo Gabinete:
“O
Governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento na Palestina
de um lar nacional para o povo judeu, e envidará seus melhores esforços para
facilitar a consecução desse objetivo, ficando claramente entendido que nada se
fará que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades
não-judáicas existentes na Palestina, bem como os direitos e condições
politicas gozadas pelos judeus em qualquer outro país”. Ou a seção histórica na ONU presidida pelo Chanceler Brasileiro Dr Osvaldo Aranha, que
criou o novo Estado de Israel, o dia do Yom Kipur, ou outras datas
significativas para os Judeus. O mais surpreendente é o fato dos Judeus não
atribuírem a sua origem a um descendente da nobreza ou algum rei de origem mitológica,
reivindicam sim a sua descendência mais remota a um homem comum chamado Abrão. Segundo Berose escritor e sacerdote
Caldeu diz o seguinte: “na décima era, depois do dilúvio, havia entre os
Caldeus, um homem muito justo e hábil na ciência e nos astros.” Abrão saiu
de Ur dos Caldeus na Mesopotâmia para peregrinar em uma terra chamada Canaã, Gn.
12.5 Gn. 13.15 Gn. 17.8 toda esta terra era ocupada somente pelos Cananeus, mas
um território no qual habitavam também os Heteus, amorreus, Heveus, Jebuseus, Ferezeus,
Js. 12.8 etc. Sendo que Canaã é seu nome mais antigo, pois a sua fundação e
atribuída a um descendente de Noé, depois chamado de Judéia por causa dos
Judeus e posteriormente Palestina este nome que foi dado pelos Romanos em
referência aos Filisteus, que habitavam no litoral, depois terra de Israel “Eretz Israel”.
Atualmente Estado de Israel, ele esta
encravado em um modesto território situado entre o Mediterrâneo e o pequenino rio
Jordão que nasce no norte do território lindeiro a Síria formando o lago Tiberíades,
segue de norte ao sul desaguando no Morto, o ponto mais baixo da terra em
relação ao nível do mar, o Jordão cujo tamanho é insignificante em comparação
com os gigantes Eufrates ou Nilo, mas é imprescindível para a vida em Israel, um
território sem grandes recursos naturais, com uma topografia complexa com
elevações que cortam seu território de norte a sul com e alturas que atingem
mais de 1000 metros, ao norte possui um clima ameno sujeito a presença neve no
inverno, nos montes Hermon, Tabor, Carmelo, sendo que ao sul do território
estão os desertos, com precipitação de chuvas insignificantes, em volta dos 300
mm anual, sua capital Jerusalém está encastelada no alto do monte Sião e arredores,
uma cidade sem vocação estratégica, mas de um inestimável valor espiritual, que
vem sendo alvo de disputa ao longo dos séculos. A história do povo Judeu é
simplesmente extraordinária, ou seja, sem paralelo em todo o caminho percorrido
até então pela humanidade, muitos povos ou civilizações vieram e desapareceram
ao longo dos séculos, mas Israel, que foi invadido muitas vezes e teve a sua
população dominada e ou escravizada por um sem número de Nações, a Assíria em
722 ac. levou cativa à população do norte, Samaria
para o seu território e trouxe outros povos de Cuta, Ava, Hamate e Sefavaim para
habitar no lugar dos exilados, era a política usada pelos Assírios nas cidades
por eles conquistadas 2. Rs.17.24, essa transferência da população seria mais
tarde fonte de conflito entre Judeus e Samaritanos Ed.4.2,3. Chega ao fim o
reino do norte, então depois de mais um século os Babilônicos levaram cativos os
nobres Dn. 1.3 artífices, e a população de Jerusalém e Judá em 586 a.C., para a
sua capital Nínive na Mesopotâmia 2 Rs.24.14 queimaram e saquearam Jerusalém,
entre alguns dos outros invasores citamos a Grécia, Egito, Arameus, Turcos otomanos,
Mulçumanos, os Romanos no ano 70 D.C. queimaram saquearam o templo e levaram
milhares de escravos para Roma, e proibiram o domicilio de Judeus em Jerusalém,
Ingleses, Persas etc. e após todos estes malfadados eventos e contrariando os
piores prognósticos Os Judeus que foram exilados para um sem números de Países,
sobreviveram em comunidades dispersas sofrendo nos guetos, nas Judiarias dos países
católicos, sofreram os horrores da Inquisição, e especialmente pelo baixo clero
da Igreja Católica, obrigando os Judeus a usar um traje ridículo chamado sambenito, ou um distintivo no peito para
facilitar sua identificação, mortos pelos Cruzados comandados por Godofredo
de Bouillon na rota da Europa para a Palestina com a finalidade de libertar
Jerusalém das mãos dos árabes, Bouillon deixou um rastro de Sangue dos Judeus
por onde passou, chegou a dizimar comunidades inteiras, sendo dhimmi ¨protegidos ¨pagando tributo para
os Califas Muçulmanos, para sobreviver, perseguidos e mortos em Pogroms nos Países do centro e leste da
Europa e que cujo comportamento agressivo e superstições imposta a população
pelo clero, “libelo de sangue ato em que os Judeus assassinavam crianças para
seu sangue ser usado em magia, profanação da hóstia quando furavam a hóstia
para usar o sangue dela vertido na confecção do pão asmo, o pão sem fermento
que é usado nas suas comemorações religiosas” as superstições criadas em
relação aos Judeus ao longo dos séculos, culminaram com o holocausto Nazista, e
no ano 1948 surgem os Judeus de volta em seu novo Estado, 2000 anos depois da
última destruição do templo e apesar de todos os sofrimentos e perseguições,
mantiveram sua religião suas tradições, e uma fé inabalável na promessa feita
por Deus ao seu primeiro Patriarca Gn.
12.1,2.
Referências
Bíblia Hebraica. Editora e livraria
Sêfer Ltda.
BENTES João, tradutor: Novo dicionário
de Bíblia.
BORGER Hans. Uma História do povo Judeu
v.1
____________ Uma História do povo Judeu
v.2
DANIEL-Rops Historia Sagrada do povo
bíblico
JOSEFO Flávio. Apud Berose. História dos
Hebreus
SACHAR Howard. História
de Israel v.1
*O presente artigo não pretende encerrar
as discussões que giram sobre o mesmo.
Texto,
produção do Pr. José Francisco Aranha
Facebook: franciscoaranha
Blog: joséfranciscoaranha.
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