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domingo, 16 de dezembro de 2012

COMENTÁRIOS SOBRE ISRAEL


Qualquer nação politicamente organizada tem a seu dia Nacional! Ocasião em que a população e os governantes comemoram a sua data magna, se tomarmos como exemplo alguns países: veremos que os Estados Unidos da América comemoram em 4 de julho o dia de sua independência da Inglaterra, a França 14 de julho o dia da queda da Bastilha, no Brasil poderíamos comemorar várias datas, descobrimento do Brasil, proclamação da Republica, ou a nossa independência de Portugal. E os Judeus?  A festa do Pessach, que relembra a libertação dos seus antepassados da escravidão do Egito, Ex. 13.8, Sl 81.6 ou o dia da sua independência no ano de 1948, a declaração da criação de um Estado para os Judeus na Palestina, que foi feita pelo Lorde Arthur James Balfour Ministro do Exterior da Inglaterra, no ano de 1917 nos seguintes termos:
Caro Lorde Rothschild, - Milionário Judeu membro da nobreza da Inglaterra.
Tenho grande prazer de comunicar-lhe, em nome do Governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de simpatia para com as aspirações judaicas sionistas palavra criada por Dr. Nathan Birnbaum em 1890 - (o nome sionista que aparece nesta carta enviada pelo Lorde BALFOUR, É atribuído ao movimento chamado de Hovevei Tsion “Amantes de Sião” este movimento foi expandido por Theodor Herzl nascido em Budapest, quem escreveu um livro chamado O Estado Judeu” foi submetida e aprovada pelo Gabinete:
“O Governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o povo judeu, e envidará seus melhores esforços para facilitar a consecução desse objetivo, ficando claramente entendido que nada se fará que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não-judáicas existentes na Palestina, bem como os direitos e condições politicas gozadas pelos judeus em qualquer outro país”.  Ou a seção histórica na ONU presidida pelo Chanceler Brasileiro Dr Osvaldo Aranha, que criou o novo Estado de Israel, o dia do Yom Kipur, ou outras datas significativas para os Judeus. O mais surpreendente é o fato dos Judeus não atribuírem a sua origem a um descendente da nobreza ou algum rei de origem mitológica, reivindicam sim a sua descendência mais remota a um homem comum chamado Abrão. Segundo Berose escritor e sacerdote Caldeu diz o seguinte: “na décima era, depois do dilúvio, havia entre os Caldeus, um homem muito justo e hábil na ciência e nos astros.” Abrão saiu de Ur dos Caldeus na Mesopotâmia para peregrinar em uma terra chamada Canaã, Gn. 12.5 Gn. 13.15 Gn. 17.8 toda esta terra era ocupada somente pelos Cananeus, mas um território no qual habitavam também os Heteus, amorreus, Heveus, Jebuseus, Ferezeus, Js. 12.8 etc. Sendo que Canaã é seu nome mais antigo, pois a sua fundação e atribuída a um descendente de Noé, depois chamado de Judéia por causa dos Judeus e posteriormente Palestina este nome que foi dado pelos Romanos em referência aos Filisteus, que habitavam no litoral, depois terra de Israel “Eretz Israel”.

 Atualmente Estado de Israel, ele esta encravado em um modesto território situado entre o Mediterrâneo e o pequenino rio Jordão que nasce no norte do território lindeiro a Síria formando o lago Tiberíades, segue de norte ao sul desaguando no Morto, o ponto mais baixo da terra em relação ao nível do mar, o Jordão cujo tamanho é insignificante em comparação com os gigantes Eufrates ou Nilo, mas é imprescindível para a vida em Israel, um território sem grandes recursos naturais, com uma topografia complexa com elevações que cortam seu território de norte a sul com e alturas que atingem mais de 1000 metros, ao norte possui um clima ameno sujeito a presença neve no inverno, nos montes Hermon, Tabor, Carmelo, sendo que ao sul do território estão os desertos, com precipitação de chuvas insignificantes, em volta dos 300 mm anual, sua capital Jerusalém está encastelada no alto do monte Sião e arredores, uma cidade sem vocação estratégica, mas de um inestimável valor espiritual, que vem sendo alvo de disputa ao longo dos séculos. A história do povo Judeu é simplesmente extraordinária, ou seja, sem paralelo em todo o caminho percorrido até então pela humanidade, muitos povos ou civilizações vieram e desapareceram ao longo dos séculos, mas Israel, que foi invadido muitas vezes e teve a sua população dominada e ou escravizada por um sem número de Nações, a Assíria em 722 ac. levou cativa à população do norte, Samaria para o seu território e trouxe outros povos de Cuta, Ava, Hamate e Sefavaim para habitar no lugar dos exilados, era a política usada pelos Assírios nas cidades por eles conquistadas 2. Rs.17.24, essa transferência da população seria mais tarde fonte de conflito entre Judeus e Samaritanos Ed.4.2,3. Chega ao fim o reino do norte, então depois de mais um século os Babilônicos levaram cativos os nobres Dn. 1.3 artífices, e a população de Jerusalém e Judá em 586 a.C., para a sua capital Nínive na Mesopotâmia 2 Rs.24.14 queimaram e saquearam Jerusalém, entre alguns dos outros invasores citamos a Grécia, Egito, Arameus, Turcos otomanos, Mulçumanos, os Romanos no ano 70 D.C. queimaram saquearam o templo e levaram milhares de escravos para Roma, e proibiram o domicilio de Judeus em Jerusalém, Ingleses, Persas etc. e após todos estes malfadados eventos e contrariando os piores prognósticos Os Judeus que foram exilados para um sem números de Países, sobreviveram em comunidades dispersas sofrendo nos guetos, nas Judiarias dos países católicos, sofreram os horrores da Inquisição, e especialmente pelo baixo clero da Igreja Católica, obrigando os Judeus a usar um traje ridículo chamado sambenito, ou um distintivo no peito para facilitar sua identificação, mortos pelos Cruzados comandados por Godofredo de Bouillon na rota da Europa para a Palestina com a finalidade de libertar Jerusalém das mãos dos árabes, Bouillon deixou um rastro de Sangue dos Judeus por onde passou, chegou a dizimar comunidades inteiras, sendo dhimmi ¨protegidos ¨pagando tributo para os Califas Muçulmanos, para sobreviver, perseguidos e mortos em Pogroms nos Países do centro e leste da Europa e que cujo comportamento agressivo e superstições imposta a população pelo clero, “libelo de sangue ato em que os Judeus assassinavam crianças para seu sangue ser usado em magia, profanação da hóstia quando furavam a hóstia para usar o sangue dela vertido na confecção do pão asmo, o pão sem fermento que é usado nas suas comemorações religiosas” as superstições criadas em relação aos Judeus ao longo dos séculos, culminaram com o holocausto Nazista, e no ano 1948 surgem os Judeus de volta em seu novo Estado, 2000 anos depois da última destruição do templo e apesar de todos os sofrimentos e perseguições, mantiveram sua religião suas tradições, e uma fé inabalável na promessa feita por Deus ao seu primeiro Patriarca Gn. 12.1,2.

Referências
Bíblia Hebraica. Editora e livraria Sêfer Ltda.
BENTES João, tradutor: Novo dicionário de Bíblia.
BORGER Hans. Uma História do povo Judeu v.1
____________ Uma História do povo Judeu v.2
DANIEL-Rops Historia Sagrada do povo bíblico
JOSEFO Flávio. Apud Berose. História dos Hebreus
SACHAR Howard. História de Israel v.1

*O presente artigo não pretende encerrar as discussões que giram sobre o mesmo.
Texto, produção do Pr. José Francisco Aranha
Facebook: franciscoaranha
Blog: joséfranciscoaranha.

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